Política na Casa da Mãe Joana

Desde início, pairam, na Casa da Mãe Joana, muitas dúvidas. São as interferências políticas, que deixam rastros incertos. Reclamações e comentários não faltam. Os interesses dos plantonistas, quase sempre, seguem a sentimental lógica da misericórdia franciscana. O refrão, “dando é que se recebe”, anima as festas. Que festas, não é?

Nessas festas, os convidados são especiais e bem tratados. Não faltam boa comida e bebida. Claro, tudo com o chapéu alheio. Eles gostam da obesidade[malm1] . Nada fazem senão do feito esperado. Que feito, não é? Costumam não dormir com olhos dos outros. Caso durmam, não acordam. Se acordarem, ficam na UTI, um bom tempo, penitenciando-se. 

Sabe, a Casa da Mãe Joana nasceu de um sonho de um casal: ele, Coronel, sem patente; ela, acadêmica, de expressão internacional. A gestação do filho foi um longo pesadelo, com constantes ameaças de aborto. Como o Coronel era habilidoso, assessorou-se de médicos especialistas e tudo deu certo. A criança nasceu raquítica, mas promissora, pronta para crescer e virar adulta, inteligente e produtiva.

Após registro no Cartório, o Coronel, sempre assessorado pela companheira, comprou um terreno. Afinal, a Família precisa de casa para bem educar os filhos. Para dar início à aventura, escolheu uma chácara na periferia da cidade. Embora, no período chuvoso, tivesse alguns problemas hidráulicos, o local era estratégico.

Depois de tudo certo, o próximo passo foi construir a casa. Dispondo de pouco dinheiro, o Coronel fez uma modesta casa. Nada confortável, nem ornamentada. Parecia mais um barracão da FEPASA ou almoxarifado. Porém, cumpria bem a função destinada.

Mas chegou o dia de passar pra frente a herança eleitoral. Daí em diante, a história ganha outros contornos. O comando saiu da mão do Coronel e foi parar na mão da Matriarca. Transformou-se em FERRAMENTA DA MATRIARCA (sigla[malm2] ). Assim, uma nova história se iniciava. Aos poucos, os cofres passam à cobiça dos plantonistas.

Então, com mais grana no cofre, surgem os elefantes brancos. Cada elefante com sua bela e sedutora história. Os elefantes têm dieta alimentar cara. Haja dinheiro para sustentar esses elefantes brancos ruidosos. Dão muito trabalho… (kkk)!!!

Bem, agora, falemos um pouco do Coronel. Ele era uma figura serena, conversa mansa e mineira. Tinha carisma. Governava no silêncio. Frio e calculista, fazia de tudo para ostentar imagem de democrata. Nas reuniões, deixava o papo rolar democraticamente. Depois de uma boa cochilada, sacava resposta pronta do surrado paletó. Ninguém ousava contestá-lo.

De hábitos simples e vida modesta, gostava muito de prosear. Tinha estilo liberal e gostava de inovação. Embora de idade avançada, a memória dele era brilhante. Viajar era o hobby principal. Sonhava com um mundo diferente no maltratado país das “Pizzas”. Deixou saudades!!!

Enfim, atualmente a Casa da Mãe Joana anda tensa. Muitos boatos. Nela, acirram-se as fofocas. O tabuleiro ainda está confuso. Porém, é dada como certa a queda do Bispo Auxiliar da Rainha. Provavelmente, a partir de segunda próxima, os filhos da prometida mudança terão um novo SÍMBOLO NO PODER. Aliás, sem símbolo, o poder não vive. Haverá, de fato, mudanças estruturais na Casa da Mãe Joana ou mais uma utopia? Quem viver, verá!

Rubens Galdino da Silva – Professor e jornalista (MTB/SP 32.616)

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Filósofo Clínico, professor e jornalista (MTB 32.616). Possui formação em Teologia, Filosofia, Filosofia Clínica e História, com doutorado em História pela UNESP. Atualmente, é professor na Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), onde orienta TCC aos alunos do curso de Direito; membro do Cadastro Nacional e Internacional de Avaliadores do CONPEDI e articulista do Jornal da Segunda de Assis.

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Rubens Galdino

Possui formação em Teologia, Filosofia e História, com doutorado em História pela UNESP. Foi editor dos jornais “O Adamantinense” e “Jornal da Cidade”, além de fundador da Revista Omnia. Atualmente, é professor na Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), onde supervisiona projetos no curso de Direito e é membro do Cadastro Nacional e Internacional de Avaliadores do CONPEDI.

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