Escuta! Que fazes tu,
Neste deserto insano,
Ante o horizonte incerto…
De um presente fugaz,
Numa ausência sem fim…
Dize-me, que fazes tu?
Acaso buscas no errante caminho,
O porto dos teus sonhos solitários?
Oh! Alma inquieta…
Que sofre o desatino das coisas
Dize-me, que fazes tu?
Ah!Quem dera fosse tudo presságio;
Tu e a vida num novelo desfeito.
E, nas cinzas do tempo,
O eternamente vivido.
Mas chora, chora, chora…
Afinal, que fazes tu?
Não, não. Não digas, não.