Vejo nos teus olhos
O estranho calor dos meus íntimos desejos…
Olho os teus cabelos
E sinto neles a volúpia do teu amor.
E das tuas entranhas, brota amiúde,
O doce-amargo perfume dos teus beijos
E aí meu corpo se desmancha,
À meiga ternura dos teus encantos…
E assim, cada imagem tua, oh mulher…
Seduz-me numa saudade sem fim,
E minha alma inquieta permanece,
Querendo amar-te tão-somente.
Amar-te sem medo, sem temor,
Ao sabor de um instante qualquer,
Com toda paixão de uma grande espera.
Entregar-me todo a teus olhos,
À paz ardente do teu corpo em brasa,
Inspirando versos de uma canção sem fim.