Aqui, sentado, caminho…
Empurrado pelas ondas do tempo,
Caminho tão somente a ventos incertos,
Cujos passos a si se desconhecem.
Sinto na alma, a incômoda e a calma tormenta
De um mar cheio de enigmas.
À deriva, vejo sempre o barco
No abismo que o devora.
Que me importa tudo isso?
Se o ontem e o amanhã
São apenas sombras pálidas de um olhar perdido…
Nas inquietantes águas do pensamento navega
Assim como quem sonha
E comigo, no barco, a vida e a morte.